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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O CÂO, O GATO E O HOMEM….DA POSSE RESPONSÁVEL, RELACIONAMENTO E BEM ESTAR



cao-gato
A história do relacionamento entre o homem e o cão se iniciou quando o homem formou os primeiros núcleos sociais, deixando de ser nômade, e os lobos, ancestrais do cão doméstico, desenvolveram uma interrelação de defesa e alimento, aceitando os restos de comida e em troca vigiando a tribo de ataque de predadores ou de tribos rivais.
A história dos felinos domésticos também é muito antiga, quando gatos eram considerados sagrados pelos faraós, havendo inclusive culto a uma deusa gata – Bastet . Na verdade, os gatos caçavam mos ratos dos celeiros, protegendo as colheitas de trigo e outros cereais, tão raros para estes povos de época longínquas.
Os cães, ora como parceiros de trabalho, caça, guarda , e os gatos, contra os temidos ratos, assim, ao longo dos tempos, os laços entre homens e cães e gatos foram se estreitando, assim como entre os bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos e todos os animais hoje domesticados.
Na Idade Média, fala-se da perseguição aos gatos como companheiros das bruxas, havendo um extermínio em massa dos mesmos. Temos a triste estatística relacionada a isso, das grandes epidemias de peste (transmitidas pelos ratos, que deixaram de ser caçados pelos gatos) na Europa, quase dizimando a população de seres humanos desta região. No século XIV, o panorama científico brilhava, e a ciência avançou muito com o raciocínio cartesiano culminado com Claude Bernard, e milhões de experimentos utilizou cães, gatos, primatas e todo os tipos de animais como cobaias, na crença que eles não tinham raciocínio, então eram desprovidos de emoção ( e isto foi a desculpa para acharem que emoção e dor estariam ligados, com a conclusão que sem emoção, sem dor, e além do mais, os animais seriam seres sem alma). Somente na segunda metade do século XX em diante, ocorreram mudanças de paradigma entre observador (o cientista) e o observado ( o “objeto”, na verdade, o animal), onde concluíram que não havia mais um estado de inércia, necessário à veracidade da experimentação, quando os observados (entenda-se animais de experimentação), e seus uivos de solidão, dor, raiva, manifestavam-se de forma independente uns dos outros, e os mesmos não eram mais simples vocalizações sem significado.
Como explicar uma fêmea chimpanzé que ensina ao seu filhote a linguagem de sinais que aprendeu no seu cativeiro? E a compreensão de mais de 3000 palavras de um cão Border Collie? E o que se diz quando um gorila macho retorna sobre seus próprios passos de fuga, diretamente em direção às carabinas de caça, com o claro intuito de atrasar os caçadores, dando tempo às fêmeas e filhotes fugirem? E a incrível capacidade dos animais domésticos reconhecerem que seus donos estão chegando, nas mais inusitadas e diversas situações? E o espetáculos de fêmeas que acabaram de ter filhotes adotarem outros da mesma espécie ou mesmo de outras espécies. Será que estão apenas sob as influências hormonais, como querem crer as pesquisas ? Achamos que não, existe algo mais…………
Felizmente vivemos num tempo onde se inicia um lento processo de reconhecimento dos sentimentos, sensações, emoções, atos e escolhas demonstrando certo grau de raciocínio e relações de interatividade entre os animais e os homens, o que anularia a aptidão dos primeiros para objeto de pesquisa científica, tendo seus atos tantos diferentes vieses e respostas para uma conclusão precisa.
E hoje, no dia a dia, o que é necessário ainda é desenvolver o devido respeito por esses nossos amigos não humanos, no sentido de praticar efetivamente, no caso dos animais domésticos, a Posse Responsável, protegendo-os, sustentando-os, assegurando segurança, alimento, bem estar. É um fato que eles raciocinam e interagem, mas neste raciocínio, a inteligência e arbítrio devem ser considerados dentro de cada espécie, dentro das peculiaridades de cada espécie, assim como das suas individualidades, enfim, aceitar sua natureza com suas diversidades, sem tentar humaniza-los.

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